terça-feira, 15 de outubro de 2013

Arte e Matemática

    Olá, pessoal!
    Hoje gostaria de sugerir a leitura do livro infantil "Usando as mãos - contando de cinco em cinco", de Michael Dahl, editora Hedra Educação, que as escolas públicas receberam nas caixas do programa PNAIC. O livro apresenta a sequência numérica até 50 (contando de cinco em cinco) através de belas imagens que podem ser reconstruídas facilmente em sala de aula com tinta têmpera.
      Achei interessante trabalhar com este livro, pois o mesmo nos permite explorar a sequência numérica e a tabuada do cinco, através de algo  lúdico (criação de desenhos sugeridos no livro, de fantoches, de móbiles...). Ao longo da semana, estarei propondo aos meus alunos a confecção do livro em sala de aula e postarei algumas imagens.




Livro: Usando as mãos - contando de cinco em cinco
Autor: Michael Dahl
Valor aproximado: R$ 28,00 (Busca na internet em 15/10/2013)




        Também elaborei algumas atividades em material impresso para desenvolver com os alunos. Espero que sejam úteis!

Gráfico_Usando_as_mãos
Nome X Figura_Usando_as_mãos
Quadro_numérico_Usando_as_mãos
Tabuada_do_5_com_as_mãos


segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Biblioteca Matemática


          Olá, pessoal!
       
     Hoje acrescentei alguns jogos na minha biblioteca matemática. Criei os itens "Multiplicação" e "Subtração". Espero que sejam úteis. No item "Mistureba das 4 operações" acrescentei a  "Tabuada do Dino", excelente jogo para memorização das tabuadas ( +, -, : e x) pois no final tem um game que as crianças adoram. Deem uma conferida!!! 
      Se alguém tiver sugestões de outros jogos, e quiser compartilhar, aceito sugestões!!!


domingo, 15 de setembro de 2013

Semana Farroupilha

   Hoje deixo como sugestão uma produção de frases e alguns problemas matemáticos envolvendo a Semana Farroupilha que montei para aplicação em minha amada turminha de 2º ano.


Produção de frases - Semana Farroupilha

Problemas Semana Farroupilha


domingo, 8 de setembro de 2013

Folclore - Quantificação até 20

    Hoje apresento uma singela contribuição para trabalhar quantificação até 20 com nossos pequenos alunos. Trabalhei esta atividade em anos anteriores e foi bastante produtiva.
    Sugiro que inicialmente seja contada a lenda do Saci, suas características, sua peraltices... para então sugerir está atividade de quantificação. Gosto também de fazer a dobradura do Saci com as crianças (elas adoram) e em seguida já aproveito a dobradura para propor uma produção escrita.

Folclore_Quantificação_ate_20

sexta-feira, 26 de julho de 2013

Cartaz com tabuada

        Hoje postarei algo muito básico, porém necessário: a tabuada (em especial quando temos alunos maiores e em anos mais adiantados que ainda não sabem de cor).  Que fique claro, não sou a favor da decoreba por decoreba da tabuada! Porém, chega um momento que os alunos precisam ir além da compreensão do processo, precisam saber a tabuada "de cor" como se diz! Precisam saber destes "detalhes (tabuada)" para poderem  avançarem.
           Montei a tabuada do 1 ao 10, em tamanho grande, para expor na sala de aula como suporte aos alunos em fase de fixação:
             Tabuada do 1 ao 10

quinta-feira, 25 de julho de 2013

Jogo "Dez não pode"

        Para introduzir o conceito de dezena, gosto muito de utilizar outro jogo da nossa querida Ana Cristina Rangel, é o " Jogo Dez não Pode". Gosto deste jogo pois utiliza material simples e barato, bem ao alcance da realidade de muitas das nossas escolas brasileiras. São eles: palitos de picolé, elásticos de dinheiro e dados.
      Começo sempre dividindo a turma em grupos de quatro ou cinco alunos, distribuindo um dado e um bocado de palitos para cada grupo, além de deixar uma boa quantidade de elásticos.
    Inicialmente, faço algumas jogadas coletivas, até verificar que todos compreenderam o jogo. Posteriormente, apenas acompanho os grupos, fazendo intervenções quando necessárias ou quando julgo importante.
       O jogo consiste em cada aluno jogar o dado e pegar a quantidade de palitos referente ao número sorteado. Se tirar quatro no dado, pega quatro palitos, fazendo a contagem dos mesmos, passando a vez para outro jogador.
         Quando o aluno somar dez, ou seja, uma dezena, terá que dizer “dez não pode”, pegar um elástico e prender os  dez palitos, formando uma dezena. Caso esqueça de dizer a frase, perderá todos os palitos adquiridos. 
           Vence o jogo o aluno que formar mais dezenas.
         Após a turma jogar nos pequenos grupos, faço um jogo coletivo, onde os grupos jogam entre si. Neste jogo, determino de 3 a 4 jogadas, para não ficar muito extenso. Após o término, cada grupo faz a contagem de seus pontos. Em seguida, organizamos no quadro uma tabela para marcar os pontos e determinar as colocações de cada grupo. É interessante, neste mesmo momento, ou num próximo, o registro da pontuação final pelos alunos.





Jogo do Tirar com Gomas

        Para fixar o conceito de subtração introduzido com o Jogo do Tirar, postado anteriormente, eu e minha colega de turma tivemos a ideia, de montar uma nova tabela semelhante a do Jogo do Tirar e de levar gomas para a turma. Será que preciso dizer que eles adoraram? Especialmente, a parte que podiam comer as gomas... Era uma torcida enorme pra que caísse o maior número possível do dado para poderem comer mais gomas... foi muito bacana, especialmente, por ver em outros momentos eles se referirem ao jogo para explicarem ou debaterem ideias com os colegas. As regras utilizadas foram as mesmas do Jogo do Tirar, o diferencial foram as gomas!
       Vejam o  exemplo de tabela que montamos:


terça-feira, 4 de junho de 2013

"Jogo do Tirar"

      Olá, pessoal!
     Vou sugerir hoje (um pouco atrasada) uma atividade que pode ser adaptada ao longo do ano para o ensino da subtração: é o "Jogo Dez Não Pode", da professora e escritora Ana Cristina Rangel e que me foi sugerido por uma colega de trabalho muito querida.
     Como trabalhamos (eu e minha colega, pois temos turmas paralelas) a introdução da subtração no período de Páscoa, solicitamos aos alunos que desenhassem em uma folha A3 uma bela cesta de Páscoa. Em seguida distribuímos aos alunos belos ovinhos em folhas xerocadas (total de 15), para que pintassem e recortassem.
      Com o material do jogo pronto (os ovos, as cestas e dados numéricos  com o sinal de menos na frente), informamos à turma, as regras do jogo:
       1) Só pode jogar um aluno de cada vez.
       2) Cada vez que o aluno joga o dado, tira da cesta o valor descrito no dado. Assim se caiu -3 no dado, o aluno tira 3 ovos da cesta. E assim sucessivamente, até que todos os ovos estejam fora da cesta.
      3) Vence o jogo, quem tirar todos os ovos da cesta.
     4) Combinamos ainda, que se na cesta restassem, por exemplo, 2 ovos, os alunos só poderiam tirá-los se caísse no dado 2 ou 1. Ou seja, para tirar os últimos ovos, os alunos deviam tirar no dado o valor exato de ovos que ainda estavam na cesta.
    Resumidamente, essas foram as regras que combinamos com nossas turmas, mas isso não impede que cada pessoa adapte e crie novas regras para a sua turma!
    Após os alunos jogarem algumas vezes o jogo e se familiarizarem com o mesmo, fizemos um jogo coletivo, para registro. Veja abaixo, a tabela bem simples criada para o relatório do jogo coletivo, os ovos e as fotos de algumas cestas criadas pelos alunos.

Relatório do Jogo do Tirar

Ovos para o Jogo do Tirar




quinta-feira, 2 de maio de 2013

Justificando ausência

          Olá, pessoal!
       Infelizmente, devido a minha jornada de trabalho nos últimos tempos não foi possível fazer novas publicações. Porém, assim que diminuir a carga de trabalho, retomarei com as postagens (Provavelmente, agora em maio ainda!).
         Estou com várias ideias em mente, diversas situações bacanas de aprendizagem que realizei com meus alunos e foram bem sucedidas, sugestões de colegas, enfim, novidades que não consegui compartilhar ainda.
         Abraços!!!
   

quarta-feira, 13 de março de 2013

Sudoku de Páscoa

      Como a Páscoa já está chegando, adaptei o mais famoso de todos os quebra-cabeças do mundo para trabalhar com os meus pequenos. É bem interessante esta versão em desenhos, pois possibilita desenvolver além do raciocínio lógico, a motricidade fina que é tão importante neste período. Sugiro que deixem as crianças brincarem bastante com este jogo: sozinhas, em duplas, trios ou pequenos grupos. 
      Para quem ainda não jogou, o jogo é muito simples: as crianças pintam todos os desenhos e recortam as peças da segunda tabela. Em seguida, tentam encaixá-las na primeira tabela, de modo  que não se repitam na linha ou na coluna.

Sudoku de Páscoa

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Dica de livro (4)





Livro: Jogando com a matemática: números e operações.
Autora: Ana Ruth Starepravo
Curitiba: Aymará, 2009.
Valor aproximado: R$ 35,00 (Busca na internet em 05/02/2013).






"[...] a introdução de jogos nas aulas de Matemática é a possibilidade de diminuir bloqueios apresentados por muito de nossos alunos que temem a Matemática e sentem-se incapacitados para aprendê-la. Dentro da situação de jogo, onde é impossível uma atitude passiva e a motivação é grande, notamos que, ao mesmo tempo em que estes alunos falam Matemática, apresentam também um melhor desempenho e atitudes mais positivas frente a seus processos de aprendizagem."
                                                                                                                  J. Borin

    É através deste pensamento que Starepravo nos acolhe em seu livro, nos fazendo refletir sobre a real aprendizagem de nossos alunos nas aulas de Matemática e sobre a possibilidade de desenvolvê-la/facilitá-la através dos jogos. 
    Numa linguagem simples, porém muito clara e precisa, a autora nos apresenta diversos jogos com suas respectivas contribuições para a aprendizagem de nossos pupilos e sugestões de atividades que podem ser exploradas após a utilização destes. 
   Os jogos sugeridos pela autora são acessíveis, práticos e objetivos. Acessíveis pois podem facilmente serem confeccionados pela professora ou mesmo em conjunto com os alunos, com baixos custos. Práticos, pois possuem regras claras, de fácil compreensão e de fácil manipulação. E finalmente objetivos, pois trabalham com clareza os conteúdos a que se propõem. 
    "Jogando com a matemática: números e operações" é com certeza um bom livro para quem deseja ampliar seu repertório de jogos e tornar suas aulas mais dinâmicas!
     

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Capas de caderno

        As férias terminaram... Chegou a hora de iniciarmos as atividades com nossos pequenos... Por isso, montei algumas sugestões de capas que pretendo trabalhar com meus alunos para fazer as identificações dos cadernos, no primeiro ou segundo dia de aula, enquanto organizamos os materiais e a sada de aula.
        Espero que gostem!!!
        

Multiplicação - Configuração retangular

       Pensando em complementar a postagem anterior sobre multiplicação, elaborei uma atividade que pode ser feita com os alunos em sala de aula após o trabalho desenvolvido no laboratório de informática. Esta atividade propõe o trabalho da multiplicação através da ideia de configuração retangular, possibilitando assim operar com as ideias de área e da propriedade comutativa da multiplicação ao mesmo tempo, sem no entanto necessitar de uma explicação destes conceitos neste momento.
      Sugiro que para iniciar a atividade com os alunos, faça algumas combinações, como por exemplo: o aluno não pode virar a folha para fazer as representações, o primeiro fator da multiplicação representará as linhas e o segundo as colunas, ou vice-versa, solicitar as alunos que ao pintarem a malha quadriculada não façam "grudando" uma multiplicação na outra...e outras que se façam necessárias. Cada um sabe a turminha que tem e as suas necessidades!!!

Multiplicação - Configuração retangular

Abraços!!!

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Multiplicação no Laboratório de Informática


       Hoje vou fazer indicação de um material interativo que me foi apresentado no curso Materiais Virtuais e Interativos para o Ensino de Matemática , da Unijuí (quem quiser fazer o curso, é só se inscrever, pois é gratuito!) para o ensino de perímetro e área. Não vou me estender nestes dois conteúdos, pois o próprio material contém atividades neste sentido. O que vou propor é uma série de atividades para desenvolver e/ou ampliar o conceito de multiplicação nos anos iniciais do ensino fundamental. O nome do material é Quadradinhos Móveis e pode ser acessado clicando-se em seu nome.
       Mas vamos então as atividades!!!
      Visando aprofundar o conceito de multiplicação, pretendo que os alunos, através da disposição retangular do material, elaborem frase matemáticas e as resolvam:
       Organize 12 quadradinhos de uma mesma cor das seguintes formas:
a) Em duas linhas, com a mesma quantidade de quadradinhos em cada linha. 
b) Em apenas uma linha. 
c) Em seis linhas, com a mesma quantidade de quadradinhos em cada linha. 
d) Em três linhas, com a mesma quantidade de quadradinhos em cada linha. 
e) Em quatro linhas, com a mesma quantidade de quadradinhos em cada linha. 
      Agora, represente no seu caderno o total de quadradinhos utilizando uma operação matemática. O que você observou nestas operações?  (Nesta etapa, pretende-se deixar livre as soluções propostas pelos alunos, por exemplo, 5+5=10, 2+2+2+2+2+10, 2x5=10... e espera-se que os alunos cheguem a conclusão que todos os cálculos possuem o mesmo resultado, apesar de serem diferentes.)
      Organize agora, 8 quadradinhos da mesma cor das seguintes formas: 
a) Em apenas uma linha. 
b) Em quatro linhas, com a mesma quantidade de quadradinhos em cada linha. 
c) Em oito linhas, com a mesma quantidade de quadradinhos em cada linha. 
d) Em duas linhas, com a mesma quantidade de quadradinhos em cada linha. 
     Agora, represente no seu caderno o total de quadradinhos utilizando uma multiplicação. O que você observou nestas operações?  (Nesta etapa, espera-se que os alunos cheguem à conclusão que todos os cálculos possuem o mesmo resultado, apesar dos quadradinhos estarem em disposições diferentes e as multiplicações serem diferentes 1x8, 4x2, 8x1 e 2x4. Além disso, espera-se que os alunos identifiquem que multiplicações com mesmo fator, porém em ordens diferentes, apresentam a mesma resposta. Por exemplo, 1x8 e 8x1, introduzindo assim a propriedade comutativa da multiplicação, sem necessariamente ter feito uso desta nomenclatura com os pequenos.
     Agora você vai criar suas próprias multiplicações utilizando os quadradinhos! 
  Faça representações usando 6, 8, 9 e 11 quadradinhos. Depois escreva as multiplicações correspondentes a cada desenho em seu caderno. Procure criar mais de uma possibilidade para cada resultado.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Dica de livro (3)



Livro: Conversas sobre números, ações e operações: uma proposta criativa para o ensino de matemática nos primeiros anos.
Autora: Luzia Faraco Ramos
São Paulo: Ática, 2009.
Valor aproximado: R$ 35,00 (Busca na internet em 05/02/2013).



     Na minha opinião, "Conversas sobre números, ações e operações: uma proposta criativa para o ensino de matemática nos primeiros anos" é sem dúvida um livro para termos sempre ao alcance de nossas mãos, seja para esclarecermos dúvidas ou para relembrarmos de boas situações de aprendizagem que poderemos por em prática com nossos alunos. 
    Escrito por Luzia Faraco Ramos ( matemática, psicopedagoga, docente em cursos de especialização em Psicopedagogia e autora de vários livros "diferentes" para o ensino de matemática, como os da Série Turma da Matemática, da editora Ática) apresenta um questionamento ao ensino atual, sugerindo que este seja mais criativo, estimulante e ainda nos lembra que "as crianças não são pequenos adultos e que devem ser respeitadas como crianças que são".
   Apresenta suas experiências de sala de aula e suas reflexões em 4 capítulos:
1) A construção do número:  Aborda os conceitos básicos que as crianças necessitam desenvolver para apropriarem-se do conceito de número e algumas sugestões de atividades que podem estimular o desenvolvimento destes conceitos. Ainda neste capítulo apresenta os diversos níveis pelos quais a criança passa ao classificar, seriar, comparar; as ações de quantificar e de numerizar. Destaque (meu) para o conceito de numerização:
 Numerização é um termo atribuído à aprendizagem dos números  em sua correlação com suas
 respectivas quantidades, por analogia com a alfabetização.    Alfabetização é o processo 
 pelo qual se adquire o domínio de um código (alfabeto)e a habilidade de utilizá-lo para ler
 e escrever. Numerização é o processo pelo qual se adquire o domínio de um código  numérico
 (algarismos) e a habilidade de associar esse números a quantidades, assim como de lê-los,
 escrevê-los, compará-los, fazer operações com eles e posicioná-los numa sequência.
(Ramos, 2009, pg. 32)
2) O sistema de numeração decimal: Apresenta sugestões para introduzir o conceito de dezena, centena e unidade de milhar, com materiais estruturados e não  estruturados, diferenciando-os e indicando qual o melhor momento para a utilização de cada um, sugerindo ainda a utilização de materiais simbólicos para consolidar os conceitos desenvolvidos. 
3) A construção conceitual das operações: Desenvolve a construção conceitual das operações através da resolução de problemas e questiona  a forma como estas operações são ensinadas às crianças pela maioria dos professores.
4) A escrita dos cálculos e as técnicas operatórias: Após a construção conceitual das operações, passa neste capítulo, ao desenvolvimento propriamente dito destas, ou seja, "como se faz as continhas".  Apresenta para a adição os processos expandido ou por decomposição, por várias contas, longo e breve ; para a subtração, os processos breve, expandido e por várias contas; para a multiplicação, os processos expandido, por tabelas, longo e breve e, por último, a divisão, com os processos por estimativa, longo e breve, explanando cada um com explicações, exemplos e ilustrações.
      Cabe ressaltar que durante a explicação dos diversos processos ou técnicas operacionais, a autora não descarta as organizações geradas pelas próprias crianças para o desenvolvimento dos problemas e como estas anotações podem favorecer o processo de aprendizagem da criança e, que portanto, devem ser levadas a sério pelos adultos.

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Dica de livro (2)




Livro: Números - Conceitos e atividades para  a Educação Infantil e o Ensino Fundamental I
Autora: Mercedes Carvalho
Petrópolis, RJ: Vozes, 2010.
Valor aproximado: R$ 25,00 (Busca na internet em 11/01/2013).





     Mercedes Carvalho é doutora em Educação Matemática, mestre em Educação e graduada em Pedagogia.  Docente de ensino superior, trabalha com formação de professores, tanto na rede pública quanto na particular, tendo vários artigos publicados sobre o ensino de matemática e formação de professores. 
        Seu livro, que foi dedicado ao Pato Donald e que condiz com as ideias apresentadas por Kamii, em A criança e o número, apresenta os principais conceitos matemáticos da educação infantil e dos anos iniciais do ensino fundamental com uma linguagem clara, acessível e objetiva. Diria que é um bom livro de cabeceira para quem deseja aprofundar seus conhecimentos nesta área.
        A leitura começa com uma breve explicação sobre a origem dos números, seu valor posicional (que segundo a autora, só é passível de compreensão a partir do 3º ano) e suas funções ( cardinal, ordinal, medida e código). Em seguida, trabalha conceitos de contagem, suas fases (contar tudo, contar ambos, sobrecontagem e  sobrecontagem a partir do maior), notações numéricas e suas categorias.
       Num segundo momento, explora os campos aditivo e multiplicativo, com suas respectivas operações inversas, fazendo questionamentos sobre afirmações de professores como: "De um número menor não se tira um maior. Tal afirmativa leva a um erro conceitual, já que temos o conjunto dos números inteiros negativos."(grifos meus) (Mercedes, 2010, p.45). Ou o motivo pelo qual os professores geralmente trabalham multiplicação apenas com o conceito de adição de parcelas iguais, e não como um "conteúdo conceitual, porque, além da ideia de adição de parcelas iguais, também envolve as ideias de razão, proporção, combinação e configuração retangular." (grifos meus) (Mercedes, 2010, p. 53).
      Por último, mas não menos importante, defende a utilização da calculadora nos anos iniciais como forma de raciocínio lógico e estímulo a autonomia dos alunos, sugerindo diversas situações para o uso desta e para a compreensão dos demais conceitos explorados ao longo de seu texto.

Introdução da centena

     Ano passado, durante um projeto sobre animais, realizei também a introdução do conceito de centena. Primeiramente, trabalhei com os alunos a formação de grupos de 10 (já trabalhada anteriormente para introduzir dezena): utilizei os próprios alunos para explicar a formação de grupos. Depois, explorei a formação de grupos de 10 com feijões e palitos e, finalmente, com material dourado. Em seguida, questionei-os sobre o que deveríamos fazer quando tivéssemos 10 ou mais grupos de 10. Várias foram as respostas: "monta mais um grupo de 10", "não sei", "coloca mais em cada grupo"... "monta um grupo de grupos de 10" e aí estava a resposta esperada!!! Aproveitando esta situação, conversei com a turma sobre centena e propus algumas situações no quadro para resolvermos coletivamente. Num outro momento, visando concretizar este conceito, explorei com as crianças a atividade proposta abaixo, que deixo de sugestão. 


Dica: Utilizei animais nesta atividade, mas os desenhos podem ser substituídos conforme a necessidade de cada turma!!!

Números até 20

Postando hoje duas sugestões de atividades que desenvolvi com meus alunos no ano passado, após manipulação de materiais concretos (contagem de palitos, de tampinhas, de feijões...). São atividades que exploram noções de quantidade com suas respectivas representações até o 20.

Números (até 20)
Bingo de números (até 20)

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Dica de livro (1)




Livro: A criança e o número: Implicações educacionais da teoria de Piaget para a atuação com escolares de 4 a 6 anos.
Autora: Constance Kamii
11ª ed. Capinas, SP: Papirus, 1990.
Valor aproximado: R$ 30,00. (Busca realizada na internet em 28/12/12).

      Aluna e colaboradora de Jean Piaget, Constance Kamii vem ao longo de sua carreira dedicando-se ao estudo da Epistemologia Genética e outras áreas educacionais relacionadas à teoria piagetiana , assim como, a relação da escola com a criança e esta teoria.
       Fazendo parte de seus estudos e trabalhos, encontra-se A criança e o número, elaborado a partir de uma análise sobre as relações da criança com o número e fundamentado na teoria de Piaget.
      O livro divide-se em quatro aspectos (ou capítulos) principais:
      1) A natureza do número;
      2) Objetivos para "ensinar" número;
      3) Princípios de ensino;
      4) Situações escolares que o professor pode usar para "ensinar" número.
    Na primeira parte, faz uma retomada de alguns conceitos da teoria piagetiana relacionados ao pensamento lógico-matemático. Entre estes conceitos, gostaria de destacar a abstração empírica e a abstração reflexiva. Para Kamii (1990, p.17), "na abstração empírica, tudo o que a criança faz é focalizar uma certa propriedade do objeto e ignorar as demais". Já a abstração reflexiva, "envolve a construção de relações entre objetos e suas propriedades"; sendo estas abstrações de suma importância para a criação de estruturas mentais que permitam posteriormente o desenvolvimento de conceitos cada vez mais abstratos à medida que a criança vá crescendo. Destaca ainda, as relações de ordem e inclusão hierárquica, como relações essenciais para a construção do número pela criança.
      Dentre os objetivos para "ensinar" o número, a segunda parte ressalta a importância da autonomia da criança na construção de seu conhecimento.
      O professor deve priorizar o ato de encorajar a criança a pensar ativa e autonomamente em todos os tipos de situação, criando assim uma mobilidade de relações e estruturas mentais que propiciem a construção do  número.
       Nos princípios de ensino, Kamii (1990, p.42 e 43) destaca a importância de encorajar a criança a:
  • estar alerta e colocar os tipos de objetos, eventos e ações em todas as espécies de relações;
  • pensarem sobre número  e quantidade de objetos quando estes sejam significativos para elas;
  • quantificar objetos logicamente e a comparar conjuntos;
  • fazer conjuntos com objetos móveis;
  • trocar ideias com seus colegas;
  • imaginar como a criança está pensando, intervindo de acordo com aquilo que parece esta sucedendo em sua cabeça.

    Na última parte, apresenta algumas situações cotidianas que podem ser usadas no "ensino" do número, assim como jogos de tabuleiro, de baralho, de memória, entre outros.
     Seu livro apresenta ainda um apêndice intitulado: " A autonomia como finalidade da educação: implicações da teoria de Piaget", retratando rapidamente a questão da autonomia (já mencionada anteriormente no livro) dentro da teoria piagetiana, reforçando algumas ideias já discutidas anteriormente e nos forçando a reflexão sobre como a criança pensa e age cotidianamente.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Multiplicação


Algumas sugestões de atividades para introduzir ou aprofundar as leis da multiplicação ou tabuadas...como preferirem chamar! Vale lembrar, que antes destas atividades é importantíssimo fazer diversas explorações com materiais concretos (feijões, copos, tampinhas, canudinhos, grupos com alunos...) para que as crianças compreendam o processo da multiplicação.
Tabuada do 2
Tabuada do 3
Tabuada do 4
Tabuada do 5